Ryan's Room

Ryan enfim havia chegado de sua incursão por San Francisco... ainda não estava muito satisfeito com a ideia de Mirkko morar na casa de Amber, e muito menos em ir embora e deixar o folgado produtor desfrutando da companhia dela na sua ausência, mas tinha se prometido não pensar nisso durante a semana que passaria, ou não conseguiria trabalhar.

Havia conversado com Mellanie sobre a situação e por ter uma reunião com um cliente importante acabou sendo impossibilitado a participar da reunião, chegava no escritório pouco antes da conversa com os membros da Concilium terminar. Ele passaria na sala de Mellanie depois para se desculpar pela ausencia e ver o que poderiam fazer para evitar mais publicidade ruim.

Sentava na cadeira ligando o note, e olhava os e-mails. Resultado de eleição, seu cunhado havia ganho a eleição então e logo teriam a posse o que o lembrava do casamento.. e ele ainda nao tinha providenciado o terno...

Respondia os e-mails e tomava os processos pendentes para ler. O dia seria longo. E mais facil se parasse de pensar em Mirkko naquele apartamento.

Só você mesmo, Ryan, pra fazer Amber viajar de San Francisco para NY por causa de um casamento! Tudo bem, era da irmã dele, e Alissa sempre tinha sido bem legal com ela... Mas pelo amor de Deus... Ela conhecia o cara engomada não tinha nem seis meses! Sem falar que ela já conseguia pressentir a pressão: estar com o namorado em um casamento... A família de ambos presentes... Já consegue ouvir as cobranças, Ry? Pois é... Ela conseguia! E sabia como ela tinha pavor a esse tipo de coisa, né?
Mas como toda prova de amor tinha seu preço... Ela desembarcava em NY sem fazer alarde, sem ligar para dizer que chegava... Escapulindo dos curiosos até conseguir um taxi. O destino? Para a Concilium, claro! Tinha umas ideias com a sala de Ryan para colocar em dia desde aquele bate papo pela web cam.

E ela que só tinha ido ali na época da reforma e no coquetel de inauguração, já conhecia uma cara ou outra... Mas da assistente de Ry já era a melhor amiga de infância, certo? Ou passaria a ser, porque era questão de sobrevivência (e castigo!) não ser anunciada.

E tão logo acertava isso com a moça... E tendo a certeza de que ele não estava com ninguém lá dentro, Entrava sorrateiramente, trancando a porta atrás de si e guardando a chave adivinha onde, Ry? No decote, por dentro do casaco, claro!

- Você me deve uma estreia... - ela murmurava enquanto avançava até ele, abrindo o casaco.

Por baixo? A malha fininha de ballet, porque você até podia duvidar, Ry... Mas ela tinha uma ótima memória.

Estava na sala, ainda pensando sobre a ultima reunião com Mellanie e Sean, sobre as atitudes de Miranda Halliwell.. tinham que se armar de todas as formas contra aquela reporter má intensionada. E agora suas preocupações iam um pouco mais alem.. Elliot como prefeito e o casamento do duque com sua irmã mexiam um pouco com a cabeça de Ryan... Não gostava do duque, por mais que ele se esforçasse para ser gentil, havia algo que não batia.. mas sua irmã parecia feliz com ele. Então so lhe restava aceitar aquele casamento.

E estava ali concentrado nos processos juridicos para trazer a UBS para a Concilium, toda a base de Direito Economico e Industrial estava sendo avaliada e as leituras sobre os contratos da UBS na praça, alem dos estudos sobre contratos de funcionarios, projetos, investimentos, estava focado em encontrar buracos e tapar de maneira magnifica.. até escutar a porta se abrir, e tinha pedido a Alice que não o interrompesse.. ao menos até o fim do dia, nenhuma ligação, nenhuma reunião, nenhuma visita... não queria ver ninguem..e isso incluia a sua namorada Amber.. ou ele nao conseguiria se concentrar.. pq ela tinha o dom de tirar a concentração dele num piscar de olhos..

E a porta se abria, ele nem levantava a cabeça, ate que a voz se fazia escutar, trazendo junto aquele perfume que o tirava do sério. bem no momento em que ele estava tomando um gole da água que estava sobre a mesa.

- Amber?!? - Ele murmurava ainda de cabeça baixa, e claro que não podia ser ela, tinham combinado dele buscar ela no aeroporto.. e .. erguia a cabeça.. e ela estava ali!? de malha de balet, escondendo a chave no decote.. e ele não sabia se falava, se respirava, se engolia em seco, o resultado era o engasgar que vinha copindo agua na tela do laptop.. nos papeis que estavam sobre a mesa.

- Cof cof cof!! Quando você chegou?!!? - claro que ele estava na fase incrédula antes de poder sorrir satisfeito por te ver de novo.. e ow droga.. la se vai a concentração.. pq tão linda Amber?!?!?!

E ela tinha aquele sorrisinho perigoso nos lábios quando via a surpresa dele. Porque essa era a intenção, né? Andando na direção da mesa dele devagarinho, quase como se estivesse dançando em um de seus espetáculos, tão suave, até que restasse apenas amnésia entre eles, onde ela apoiava as mãos.

- Agorinha mesmo, amor...! - ela murmurava em resposta.

E um segundo depois, estava sobre a mesa, sentando de ladinho e batendo a não no notebook dele para fecha-lo. Ela não queria saber o que estava fazendo naquele momento. Só queria atenção exclusiva! Porque aquela ida a NY tinha que ter muitas compensações, já que ela ia enfrentar um casamento por você, Topete! E ela sabia como passar aquele dias turbulentos ali poderia ser vantajoso, se ele estivesse disposto a largar só um pouquinho do trabalho.

Se apoiou em uma das mãos apenas para erguer a outra e toca-lo no queixo, trazendo-o para mais perto, a boca roçando na dele, o nariz percorrendo a lateral do rosto, sentindo o cheiro gostoso que ele tinha. Ah! Ela estava morrendo de saudades, Ry! Você não?

- Me diz que vai ser só meu enquanto eu estiver aqui, uhm? - perguntava baixinho, daquele jeito meio manhoso que só ele conhecia - ...e que a gente não vai dividir o apartamento da sua irmã com o cara engomada mor na véspera do casamento! Eu não vou aguentar...

E nem era preciso muito pra deixá-lo hipnotizado hm Bee?! Pq ele limpava o que dava da boca ja que tinha cospido metade do copo por toda mesa e computador.. E ela vinha Caminhando daquele jeito que o deixava aturdido, sentava na mesa avisando que tinha acabado de chegar.. e ele ja estava com aquele olhar de cachorro na frente da padaria Bee.

- E.... – e o que Ry? Fugiu o resto das palavras né!? – é.. e.. – hm?! Quer tapinha nas costas?! – Pq não me ligou amor.. eu.. eu.. – sobe os olhos das pernas dela que o raciocinio volta Ry.. pigarreava. – eu ia te buscar..

Mas ela lá dava importancia ao que ele dizia?! Ajeitava-se melhor e o BLAM do lap sendo fechado, sem salvar os contratos que ele estava alterando Amber!!!!! E ela o puxava pelo queixo bem quando ele ia reclamar do fechamento do computador, roçando aquela boquinha talhada pelo capeta ali nos labios dele. O nariz que arrepiava a pele do engomadinho inteira, quando ela vinha lhe fazer o pedido dele ser só dela..

- Sou.. – ele ja dizia hipnotizado.. e seus contratos pedro bó?! – Ahn quer dizer.. – pigarreava de novo.. – Er.. depois que eu .. terminar.. de.. – e a boca ja estava indo buscar a dela no beijinho encaixado..e DEUS como estava com saudades de beijar a sua boca Bee.. – tirar a roupa.. – Heim!? – NAO!! Quer dizer.. sim.. mas.. – ele afastava o rosto pra raciocinar melhor.. tirar a roupa sim.. mas não aqui!!!! – pq se bem conhecia ela iria gritar OBA e arrancar a malha.. – E só depois que eu terminar o meu trab. – lembrava da chave da sala – Amber cade a chave da minha sala?!

E ela queria promessa de que Elliot nao estaria no apartamento de Alissa?! Ele vivia lá agora.

- Ahn.. – melhor prometer ou ela ia arrumar uma forma de sairem da casa de Alissa nas vesperas do casamento. – Claro que não! Ele é o noivo!

Amber não escondia o riso enquanto ia na direção dele porque... bom, geralmente ela era que estava cospindo as coisas quando era pega de surpresa. Acho que ela realmente estava sendo uma má influência pra você, Ry. Mas já se sentava, tratando de se aproximar daquele jeitinho todo particular, a mordidinha que vinha no lóbulo quando ele perguntava porque é que ela não tinha ligado.

- Oras, porque eu queria fazer uma surpresa...! Você não gostou? - Perguntava num susurro com um falso tom de chateação. Era manha da pura, Ryan.

E pode esquecer que ela não ia sair dali nem deixar que fizesse isso, então fechava o notebook, se afastando um pouquinho apenas para fazer uma cara de 'ooops' e deixar aquele pedido cheio de saudades. E a mordidinha suave agora ia na boca, satisfeita com o que estava ouvindo... rindo sem afastar os lábios quando ele dizia que tinha que tirar a roupa primeiro... até ele se lembrar do trabalho. E então ela mordia mais forte.

- Qual é, Ry... você ia me buscar no aeroporto! Acha que eu ia te deixar voltar antes de matar as saudades? Por iiiiiisso, eu fui uma boa garota e te dei mais tempo enquanto vinha até aqui por conta. Agora você só tem que me retribuir... é simples...! - Ela provocava, deixando um beijinho onde antes tinha mordido. E só então que ele se lembrava da chave? Ela ria com gosto - Eu penso em tudo, Topetinho...! Se quiser a chave, vai ter que pegar... e pra pegar... - Ela ia desamarrando o casaco e deixando você ter as ideias por conta própria - ...tem uma coisinha chamada salvamente automático que não vai ter te deixado perder seus contratos. Presta só um pouquinho de atenção em mim, vai... - Pirraçava do jeito mais irresistível que você conhecia, Ryan.

E Elliot não estaria no apartamento da Alyssa? ÓTIMO! Se bem que... se estivesse, ela também já teria planos para a noite. Eles não tinham ido muitas vezes durante o tempo que estavam namorando em motéis. E ela adorava os botões, Ry. Não ia se importar de passar a noite em um.

E você tinha mesmo o dom de desconcertá-lo inteiro hm Amber? Até mesmo de despentear aquele topete de um jeito que ele já nem usava mais de forma totalmente acertadinho.. agora tinha alguns fios repicados dando uma aparencia mais jovial. Perguntava o porque ela nao tinha avisado e ela queria fazer uma surpresa?!!? Oras claro que ele tinha gostado.. tanto que até suava em te ver daquele jeito.

- Você sabe que sim, Bee.. – ele sorria vendo ela sentar na mesa, e deus.. porque tão deliciosa?!!? Ficava ali segundos perdidos no corpo delgado e delineado, na boca vermelha tão proxima, no halito doce.. e WAKE UP RYAN! – Mas eu preciso te beijar.. quer dizer.. trabalhar!!

Mas adiantava?!? Não né. Ela feichava o note e vinha com os mordiscares, que roubavam arrepios, E ela ja vinha pra cima com beijinhos que roubavam as palavras dele,.. a chave?! Bom esse era um capitulo a parte, que ela fazia questão de expor as regras, ele pigarreava, Nossa Senhora Protetora dos bons Empresários, cadê você? Ela pedia um pouquinho de atenção.. ele respirava fundo.. se dando por vencido.. tinha como resistir a um pedido daquele?! Não.. não tinha..

- Se eu nao trabalhasse pra mim.. seria demitido.. ce está ciente disso né? – ele dizia com um sorriso, te puxando pro colo de uma vez Amber, fazendo vc escorregar da mesa, para a cadeira onde ele estava sentado.. e a boca ja ia para a sua, tomar com vontade no beijo molhado, quente.. devolvendo a mordida no labio inferior que ele puxava entre os dentes.

- Eu to no meu horário de almoço.. vamos comer num lugar mais sossegado?! – Tipo na cama de um motel?!?!

Ela não podia estar se divertindo mais. E era engraçado né? Porque nem mesmo reencontra-lo depois de tantos anos em Boston tinha causado aquele efeito nele. E mesmo nela. Mas depois que estavam juntos, qualquer surpresinha era motivo para cuspirem qualquer coisa que tivessem na boca, sentindo aquele frio gostoso na barriga. E era quando te via assim, Ry, tão despido do que você tinha que ser sempre que ela sabia que você só era dela... os olhos azuis nos dele, tão apaixonados, apesar da expressão engraçadinha.

Ela bancava a criança manhosa querendo atenção e o impedindo de trabalhar, provocando até o limite do aceitável... falando da chave, colocando regras... vai, Ry! Se solta que ela sabe que mora um leão dentro de você! Tava fodido!

Mas ele entrava no joguinho bem a tempo, fazendo-a deslizar pela mesa, por cima de tudo, espalhando papéis, quando a colocava no colo daquele jeito. E agora sim estavam falando a mesma língua, Ry! E ela ria da observação dele.

- Como você sabe? Se não trabalhasse para você eu teria subornado pessoas lá fora para não nos incomodarem... porque como você deve se lembrar, essa sala precisa ser estreiada! - Ela insistia no assunto, mas aquele beijo a fazia se calar. Porque ela estava morrendo de saudade da boca dele... e de todo resto.

E pode apostar, Ry! Que daquele jeito gostoso, aquele beijo era a faisquinha que ela precisava, correspondendo com vontade, guerreando com ele para ver quem mordia mais... e as mordidas dela eram mais doídas, pode ter certeza. O fôlego que já se perdia e os dedos que já tinham ido afrouxar a gravata dele, quando ele fazia a proposta do almoço.

E só porque ela sabia exatamente o que estava na sua mente ela dava uma trégua, uma treguinha de nada, afastando-se para olha-lo, a respiração ruidosa.

- Eu não vou esquecer sua dívida... - Sussurrava. E puxava o decote para frente, para ele recuperar a chave da sala - ...mas vai ter que me surpreender. De novo. Porque você sabe que eu adoro quando me surpreende... - Continuava naquele tom baixinho e cheio de malícia. Sabia do que ela estava falando, né Ry?

E ele sabia que você se divertia em deixa-lo sem graça Amber. E deixava. Conseguia leva-lo aos dois polos num piscar de olhos. Primeiro porque acendia os desejos e vontades dele só de chegar perto com esse perfume gostoso que você tem.. segundo porque ele estava no local de trabalho, com coisas pra fazer, contratos pra terminar e simplesmente não conseguia pensar em mais nada qunado vc estava perto.

E ela queria atenção quando fechava o notebook dele.. ele a olhava incrédulo!!! O trabalho dele!!!! E alguem resistia a você Amber Collins!? Pq ele não conseguia e te puxava pro colo dele, espalhando as coisas pela mesa. Os olhos buscando o seu, e a boca ja encaixando na sua quando te acomodava no colo. E ria com a solução que ela arrumava para não ser incomodada.

- Olha só.. está entrando pra política, ow Amber Guevara? – ria, mordiscando a sua boquinha Amy, recebendo cada mordida de volta, enquanto as mãos ja tomavam o caminho da cintura, enlaçando por ali. E ela ja se animava no colo dele, intensificando cada beijo.. a boca que deslizava entreaberta descendo pelo queixo, pescoço.. quando ela vinha soltar a gravata dele.. até ele se dar conta de que estava na Concilium!!! Com seus funcionários ali fora.. O sensor apitava e ele tinha a ideia de leva-la dali para o motel mais proximo Bee. Fazia o convite de um almoço mais, digamo intimo.. e ela topava.. que bom Amber pq ele ja estava começando a suar.. e ela ainda vinha com a gracinha de deixa-lo pegar a chave exibindo o decote..

Ele sorria percebendo a malicia quando ela dizia que ele devia.. os olhos correndo pra dentro do espaço aberto entre a malha e o corpo dele e chegava a respirar fundo..

- Amber... – chamava em aviso mais uma vez.. quando tinha a visão dos seios empinados e firmes ali aguardando pela mão dele.. – eu pago.. com juros e correção monetária.. – respirava fundo, antes de deixar a mão entrar por ali, esbarrando na pele quente, nos mamilos rijos.. na barriguinha lisa, ate pousar sobre a virilha.. e encontrar a chavinha maldita..

- Vamos.. – ele a colocava de volta na mesa, e levantava, cuidando de pegar a maleta para por na frente da calça Amber.. por culpa sua.. – Você vai ter uma surpresa e tanto.. – ele avisava.. quando a pegava pela mão arrastando-a para sair dali.. e pela pressa dele Amber.. a surpresa vinha no meio do caminho.